Os mineradores de criptomoedas estão a se mudar para a Noruega e Suécia. Nestes dois países a energia é mais barata e as temperaturas mais baixas são ideais para arrefecer as mining farms.
Até 2018 a Islândia era o país ideal para criar uma farm de mineração de criptomoedas, devido à sua localização, temperatura e também por causa do custo da eletricidade – um dos fatores que influencia o lucro dos mineradores. Aqui, ainda existem vários armazéns com servidores a minerar bitcoin, ethereum e outras criptomoedas, mas começa a diminuir o interesse.
A Suécia e a Noruega são as novas escolhas de quem pretende começar a minerar criptomoedas com a eletricidade mais barata na Europa. O preço da eletricidade é de 0,065€ e 0,071€ por Kwh na Suécia e Noruega. É muito mais barato do que os 0,08€ / Kwh na Islândia ou os 0,11€ / Kwh cobrados em média na Europa.
Isto são boas notícias para as empresas de eletricidade Vattenfall (da Suécia) e para a Statkraft (da Noruega). Fornecer energia para mineração de criptomoedas é um pequena parte do seu negócio atual e estas duas empresas públicas vêm isto como uma oportunidade.
O processo de mineração consome bastante energia. Os Mineradores ligam dezenas e até centenas de máquinas ao mesmo tempo para conseguir o poder processamento necessário para minerar criptomoedas, que é realizado ao resolver equações matemáticas.
No início, a mineração estava unicamente centrada na mineração de bitcoin, mas com o desenvolvimento de outras criptomoedas, nos dias de hoje são várias as criptomoedas que podem ser mineradas.
Segundo a Morgan Stanley, os mineradores de Bitcoin vão gastar cerca de 130 terawatt hora de energia em 2018, equivalente ao consumo de energia na Argentina ou o consumo total projetado de todos os veículos elétricos em 2020.
Várias empresas ligadas ao mundo da mineração e das criptomoedas, estão a mudar os seus datacenters para a Suécia e Noruega, por causa da energia barata. A HIVE Blockchain Technologies e a Bitfury são duas dessas empresas.
A maior empresa de mineração Bitmain algum tempo atrás criou uma unidade de mineração na Suíça e começou a analisar o potencial da Suécia e da Noruega.
A tecnologia blockchain é muito mais do que minerar bitcoins para ganhar dinheiro. Nos próximos anos, vão aparecer vários projetos relacionados com esta área.